Benefícios do Filé Mignon para a saúde

Marcelo Pimentel

Jornalista formado na PUC/RJ com 25 anos de atuação em veículos especializados em alimentos, agricultura e pecuária.



O Filé Mignon provavelmente é o corte do boi mais conhecido e apreciado ao redor do mundo. Isso acontece porque é uma carne que se destaca por sua bela coloração e maciez, resultado do fato de estar localizada no lombo, região que não se exercita fisicamente. Então, não tem músculos que a endureçam.

Além disso, não tem quase nenhuma gordura, e assim costuma ser muito recomendada para quem não pode comer muita por questões de saúde ou dieta. Por tudo isso, e mesmo estando perto dos ossos, o filé mignon não tem um sabor tão acentuado quanto outros cortes na mesma situação, como o contrafilé.

Mas, como já foi dito, é mais macio que todos eles. Além disso, é um tipo de carne muito fácil de se preparar, tanto nos restaurantes mais luxuosos quanto em casa; por isso, é considerado uma segurança em qualquer cardápio.

Aqui neste texto, vamos conferir a tabela nutricional do filé mignon, seus benefícios, como prepará-lo e algumas receitas. Continue lendo!

Propriedades do filé mignon

Falar de filé mignon é falar de carne de boi, ou seja, ele tem todos os nutrientes e propriedades encontrados na carne bovina. Ele é rico em proteínas e vitaminas, veja só.

Proteínas

  • Creatina: aumenta a massa muscular, e assim melhora a disposição e resistência paraos exercícios físicos.
  • Proteína de alto valor biológico: responsável por grande parte do nosso peso, ou seja, é essencial para quem está crescendo.
  • Glutationa e carnosina: propriedades antioxidantes: ajudam na regeneração de células, retardam o envelhecimento e evitam doenças, contribuindo para o aumento da longevidade. Sua falta aumenta o estresse oxidativo e inflamações gerais.
  • L-carnitina: atua no metabolismo de gorduras. Apesar do que pode parecer, uma das suas propriedades é atenuar a hipertensão e evitar inflamações nos órgãos do aparelho cardiovascular, pois melhora os níveis de glicemia e de colesterol em diabéticos do tipo 2. Também atua na perda de peso.
benefícios do filé mignon

Vitaminas

  • Ferro: um dos elementos mais abundantes na carne, é responsável pelo transporte de oxigênio do sangue para as células. Sua falta causa a anemia.
  • B12 (cobalamina): junto com o ferro, atua no transporte de oxigênio do sangue para as células. Além disso, protege a bainha de mielina, espécie de capa que envolve cada um dos nossos neurônios. Sua falta pode causar anemia e mau funcionamento do sistema nervoso.
  • Zinco: é importante na gravidez, regenera as células e protege contra doenças como Alzheimer, entre outras funções.
  • Potássio: Melhora o sistema nervoso e torna os ossos mais resistentes, entre várias outras funções.
  • Magnésio: atua sobre o funcionamento de mais de 300 tipos de enzimas.
  • Selênio: funções antioxidantes.
  • E: responsável pela regeneração da pele.

Como preparar filé mignon

A peça de filé mignon tem 2 kg, e corresponde a apenas 2% de toda a carcaça do boi. Por estar numa área não exposta a esforço físico, é uniformemente macia e suculenta. Mas, visualmente falando, é possível dividi-la em três partes: cabeça, coração e rabo. Cada uma delas dá variados tipos de corte, que diferem entre si apenas pela altura (espessura) e peso.

Do coração é que são retirados os considerados mais nobres (nesta ordem, sua altura e peso médio vão decrescendo): chateaubriand, que pesa 400g; tournedos (200g); medalhões (100g) e os escalopes (50g). Eles costumam ser vendidos dentro de plásticos para que mantenham seu formato. Considera-se que, quanto mais espesso o pedaço, melhor para se preparar.

A cabeça e o rabo, que são as partes mais pontudas da peça, dão o paillard, que deve ser socado até chegar a uma espessura de menos de 1 cm, o estrogonofe (em tiras) e o goulash (em cubos).

Pela falta da gordura não dá para comparar o sabor com, por exemplo, uma picanha. Mas, se bem preparado, tem um sabor característico, apesar de suave. Por ser menos forte, deve ser levemente temperado, para que ele seja realçado, e não mascarado pelos temperos.

É uma carne que aceita os mais variados molhos e de acompanhamentos. Alguns exemplos de molhos: mostarda, quatro queijos, roquefort, gorgonzola, funghi. Alguns exemplos de acompanhamentos: saladas, fritas, purê de batata, mandioquinha, massas frescas ou recheadas, arroz de forno ou branco, risotos, ovo, cebola.

O filé mignon também é famoso por ser muito fácil de preparar e extremamente versátil. Há quem goste de simplificar ao máximo: temperar com sal e pimenta-do-reino e dourá-lo em todos os lados numa frigideira com um fio de óleo. Mas aqui vai uma receitinha um pouco mais elaborada de como preparar esta carne para, por exemplo, as receitas que vêm a seguir.

Para começar a preparar o filé mignon

Deixe-o fora da geladeira 30 minutos antes de cozinhá-lo, para que ele atinja a temperatura ambiente. Tempere com sal e pimenta. Com a frigideira em fogo alto, adicione umas colheres de óleo ou azeite – o objetivo deste cozimento em alta temperatura é o de obter uma boa camada seladora do lado de fora: saborosa, crocante e com boa aparência.

Então, coloque o filé mignon na frigideira e deixe-o lacrar por 3 a 4 minutos, dependendo da espessura. Não toque, não mexa e não corte a carne durante esse processo, pois pode fazê-la secar pela perda do seu suco. Apenas deixe-a selar. Vire o bife e deixe selar o outro lado por mais 3 ou 4 minutos.

Perto do final desse segundo tempo, adicione duas colheres de sopa de manteiga e a erva de sua escolha (alecrim, tomilho etc.). Nunca deixe tempo demais na frigideira, para o bife não secar. Para filés mais bem passados, após esse processo, recomenda-se levar ao forno já bem quente por mais dois minutos para terminar o seu cozimento.

Receitas com filé mignon

Filé mignon ao molho madeira

Ingredientes:

  • 400 gramas de filé mignon;
  • Meia colher de sopa de manteiga;
  • Meia cebola picada;
  • 1 dente de alho picado;
  • Meia cenoura;
  • 1 folha de louro;
  • Meio galho de salsão picado;
  • Meio copo de vinho tinto seco;
  • 1 colher de sopa de molho inglês;
  • 100 gramas de cogumelos champignon;
  • Sal a gosto;
  • Pimenta-do-reino preta a gosto.

Modo de preparo:

  • Vamos começar pelo molho. Em uma panela, coloque a manteiga, a cebola picada, o alho picado, a cenoura picada bem finamente, a folha de louro e o salsão picado e frite tudo até ficar dourado.
  • Adicione o molho inglês e o vinho e cozinhe em fogo bem baixo por cerca de 1h até o molho atingir uma coloração bem escura. Caso seque, acrescente um pouco mais de vinho e molho inglês.
  • Quando o molho estiver reduzido, retire da panela e bata no liquidificador.
  • Coloque novamente o molho na panela e deixe que engrosse por mais alguns minutos até desligar a chama e reservar.
  • Fatie a carne em bifes de dois dedos e tempere-a com sal e pimenta a gosto.
  • Use um pouco de azeite de oliva para besuntar os bifes enquanto uma frigideira esquenta em fogo bem alto.
  • Quando estiver saindo fumaça da frigideira, leve-os ao fogo.
  • Frite por 2 minutos de cada lado e enquanto eles estão na frigideira, fatie o champignon.
  • Quando os bifes de filé mignon estiverem prontos, adicione o molho, o champignon fatiado e deixe esquentar. Dica: sirva com macarrão ao molho branco.

Filé Mignon ao molho de mostarda

Ingredientes:

  • 1 kg de filé mignon cortado em medalhões;
  • 1 colher de sobremesa de alho moído;
  • 3 colheres de sopa de mostarda de dijon;
  • Sal e pimenta a gosto;
  • 1 cubo de caldo de legumes;
  • 1 pote de creme de leite fresco;
  • 1 colher de sobremesa de manteiga;
  • 1 colher de sobremesa de azeite.

Modo de preparo:

  • Grelhe os filés na manteiga e tempere com sal e pimenta.
  • Depois de grelhados, reserve.
  • Frite o alho na manteiga com azeite, adicione a mostarda, o caldo de legumes, o creme de leite e coloque sal, caso seja necessário.
  • Derrame em cima dos filés e sirva em seguida.

Marcelo Pimentel

Formado em jornalismo pela PUC/RJ, há 25 anos atua no jornalismo especializado voltado para alimentos, agricultura e pecuária. Começou em 1995 como repórter na Revista Manchete Rural, onde foi também redator e chefe de reportagem. Fundou a revista Panorama Rural (1998) e o Portal Dia de Campo (2008), no qual publicou mais de 11 mil artigos, entrevistas em áudio e vídeos sobre o assunto.