A Samambaia é uma planta queridinha da decoração nos anos 1970 e 80 que voltou com tudo. O nome científico da samambaia é Phlebodium decumanum. Seus ancestrais têm entre 359 e 299 milhões de anos e são do Período Carbonífero, pertencente à era Paelozoica.
O nome vem do tupi guarani sama-mbae, que significa “aquele que se torce em espiral”. Planta comum das áreas tropicais da América Latina, a samambaia desenvolve-se em locais sombreados de florestas, rochas e à beira mar. A planta é formada pelos seguintes elementos:
A samambaia é uma pterodófita, mesmo grupo as avencas, cavalinhas e xaxins. A palavra pterodófita vem do grego pteridon, “feto” e “planta”. O nome é referência a posição dos brotos, semelhantes ao bebê no útero. A proliferação não é por sementes e sim por mudas, principalmente a chifre-de-veado, pode-se usar mudas. O transplante deve ser feito quando surgir folhas compridas. Tire-as com ajuda de um canivete, coloque no vaso e fixe essa muda com pedaço de arame.
Muitas espécies de samambaias não existem mais. São 9 espécies principais que abrangem entre 9 e 15 mil tipos. Os formatos das folhas têm aparência de espinhas de peixe, chifres e rendas. A maior parte delas vem de áreas tropicais e são usadas na decoração.
As plantas exóticas estão na moda e as samambaias tornaram-se “cults”. Em vasos de fibra de coco e painéis verticais dão charme a varandas, salas e até garagens. Elas harmonizam-se a ambientes com móveis de madeira. Mas, a planta também é usada na decoração de eventos.
Os tipos de samambaias preferidas dos brasileiros são a Renda Portuguesa (Davallia fejeensis), Americana (Nephrolepis exaltata) e De Metro (Nephrolepis cordifolia). Mas, por ser muito chamativa (as folhas podem medir até 1,5 metro) não é recomendável encher a casa com samambaias. Uma dica é reunir algumas em um painel.
Você gosta de colocar a mão na massa, ou melhor, na terra? Antes, vamos falar sobre as espécies de samambaias para cultivar em casa:
O ideal é usar vaso de fibra de coco. Porém, é possível usar vaso de cerâmica, desde que seja usado um impermeabilizante para a cerâmica não roubas umidade da planta;
Use o Condicionador de Solo Classe A. O produto é rico em matéria orgânica e ajuda a samambaia reter água;
Coloque 5 cm de argila expandida, brita, manta bidim ou isopor para drenar o vaso. Após, coloque o Condicionador de Solo Classe A até a borda.
O combate a lesmas e caracóis deve ser com lesmicida orgânico. Para pulgões e cochonilhas, inseticida orgânico.
Agora, veja como cuidar de samambaias:
Além de adornar ambientes, a samambaia tem propriedades nutricionais. Cada 100 gramas reúnem proteína, carboidrato, vitamina A, vitamina B1 (tiamina), vitamina B2 (riboflavina), vitamina B3 (niacina), além de minerais como ferro, cálcio, magnésio, manganês, potássio, cobre, zinco, selênio e zinco. Só de vitamina C, a planta representa 44% das necessidades diárias. Conheça os benefícios da samambaia e surpreenda-se.
A samambaia tem selênio, zinco e as vitaminas A e C, substâncias que estimulam a produção de anticorpos. Eles são células que agem como um exército, pois protegem o organismo de vírus, bactérias, retardam o envelhecimento celular, evitando doenças como o câncer.
O potássio é uma substância que ajuda a controlar a pressão arterial. O manganês ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue. Além do mais, o magnésio equilibra os batimentos cardíacos, a vitamina C reduz os efeitos do colesterol ruim (HDL) e o selênio retarda o envelhecimento do coração.
A samambaia é rica em cálcio, potássio e manganês, componentes importantes para a formação e manutenção dos ossos. Uma dieta rica nessas substâncias ajuda a evitar artrite, osteoporose e outras doenças ósseas.
A doença caracteriza-se pela redução de glóbulos vermelhos. O ferro e o cobre são minerais que estimulam a formação desses componentes sanguíneos. A porção de 100 gramas de samambaia tem 7% das necessidades diárias de ferro e 16% das necessidades de cobre.
A vitamina A é um dos nutrientes mais importantes para os olhos. Ele é um antioxidante, por isso, retarda o envelhecimento das estruturas oculares. A porção de 100 gramas representa 72% da dose diária de vitamina A. Consumir samambaia ajuda a reduzir os riscos de cegueira noturna e catarata.
Crises de bronquite e asma podem ser amenizadas com a planta. Ela também ajuda a controlar tosses secas de resfriados. O poder da samambaia para problemas respiratórios é tanto que apresenta 5x mais eficiência que os tradicionais xaropes.
A psoríase é uma doença de pele com caráter hereditário. Ela caracteriza-se por escamas esbranquiçadas nos joelhos, cotovelos e couro cabeludo. A literatura médica relata a eficiência da samambaia no tratamento da psoríase.
Infecção viral ou bacterina que compromete a membrana que reveste a medula espinhal e o cérebro. Entre as complicações estão a perda de memória, AVC e morte. Consumir samambaia ajuda a afastar os riscos de contrair essa doença, devido à presença de vitaminas do complexo B. Esse grupo de nutrientes protege o sistema nervoso.
Embora tenha propriedades nutricionais, não use a samambaia sem orientação médica. Gestantes, mulheres amamentando e pessoas com gastrite são proibidos, pois, a planta pode abortar, intoxicar o leite e agravar a inflamação estomacal.
As raízes e rizomas (caules) da samambaia são as partes utilizadas. O chá é feito com uma colher de sopa de raiz ou rizoma em 3 xícaras de água fervente. Já o broto da samambaia está envolvido em polêmicas. É comum em refogados e saladas na área central de Minas Gerais e no Vale do Jequitinhonha.
Na culinária mineira, as folhas jovens da espécie Pteridium aquilinum são fervidas três vezes com bicarbonato de sódio. Após o cozimento, o broto é fatiado e refogado e serve de acompanhamento para angu e costela de porco. O broto também faz parte da culinária japonesa, sob o nome de warabi. O consumo na terra do sol nascente é tão expressivo que o broto é importado.
Mas, pesquisadores da Universidade Federal de Ouro Preto (Minas Gerais) afirmam que o broto de samambaia, mesmo fervido faz mal. Segundo eles, o alimento possui um componente cancerígeno chamado ptaquilosídeo. Esta substância, de acordo com o artigo “Intoxicação por Samambaia” publicado em 16/05/2016 no site Patologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Catarina, tem efeitos semelhantes à radiação.
A publicação afirma ainda que o ptaquilosídeo pode levar à dependência e também intoxicar equinos, suínos, ovinos e ratos. O Laboratório de Patologia Animal da universidade encontrou 3 casos de intoxicação bovina em decorrência da planta.
O artigo relata que a intoxicação por samambaia é comum em áreas úmidas. Segundo o texto, Nova Zelândia, Austrália, Oriente Médio, leste e norte dos Estados Unidos, sul da Índia, Filipinas e Java apresentam casos. No Brasil, o problema é encontrado no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. De toda a América do Sul, somente o Chile não registra a intoxicação, pois, no país não há samambaias.
A samambaia é linda na decoração. Tem opções para todos os gostos e tamanhos de ambientes. Além da beleza, a planta dura de 5 a 10 anos e controlam a temperatura. Já o consumo do chá de samambaia exige cuidados. Ele pode trazer benefícios, desde que usada com orientação médica. O broto, conforme dados citados das pesquisas científicas jamais pode ser consumido. Se você gosta de alimentação saudável e comer plantas, leia sempre este artigo e preserve sua saúde. Usada com responsabilidade, os vegetais podem ser aliados da saúde.
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