Carne de ovelha é menos comum na mesa dos brasileiros do que a carne de boi. No entanto, por também ser uma carne vermelha, contém muitos dos nutrientes encontrados nesta, com algumas vantagens: por exemplo, é menos gordurosa e mais macia, e assim de melhor digestão.
E, tal como a carne bovina, também é muito versátil na gastronomia, permitindo diversos preparos – comparando as duas, tem um sabor mais marcante.
Assim, neste texto, vamos falar sobre os benefícios e propriedades da carne de ovelha para o nosso organismo, de quando ela pode fazer mal, como temperar carne de ovelha e passar receitas com carne de ovelha. Boa leitura, e bom apetite!
Primeiro, é preciso saber diferenciar cordeiro de carneiro e ovelha. Todos estes termos se referem ao mesmo animal, em diferentes idades. Vejamos:
É importante dizer que, conforme o animal vai envelhecendo, sua carne vai perdendo qualidade, ficando mais escura, dura e mais gordurosa, e a gordura vai se tornando amarela, devido ao pigmento de certas plantas que ele vai comendo ao longo da vida – ou seja, examinar a cor da carne e da gordura é o melhor meio de saber a idade do animal. As carnes vendidas costumam ser de animais de até um ano de idade.
Agora vamos aos benefícios da carne de ovelha!
Carne é formada de proteínas, que são a matéria-prima dos ossos, músculos e cartilagens do nosso corpo. A carne de ovelhacontém 25% de proteína magra, na qual estão todos os aminoácidos necessários para o crescimento e manutenção do corpo humano. Ela é especialmente indicada para atletas, principalmente fisiculturistas, pessoas idosas ou que passaram por cirurgias, ou seja, para quem precisa desenvolver ou trabalhar o sistema muscular.
Um parêntese: uma das prioridades dos idosos deve ser uma boa formação de massa muscular. Conforme a idade avança, o corpo vai diminuindo essa produção, o que os torna muito frágeis numa simples queda e, pior, torna mais difícil a restauração desses músculos que se feriram. Portanto, necessitam muito ingerir proteínas.
Pesquisas estão desmistificando a ideia de que a carne de ovelha deve ser evitada por causa da gordura. Primeiramente, comprovam que esta opção tem menos gordura do que a carne de boi. E, segundo, mostram que essas gorduras são não apenas benéficas, mas necessárias ao organismo humano. São elas:
Alerta: como qualquer outra carne vermelha, se consumida em grandes quantidades com muita frequência, a carne de ovelha pode, sim, fazer mal. O ideal, conforme recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde), é comer entre 300 e 500g por semana, o que equivale a um bife pequeno por dia, e não deixar tostar demais, a ponto de formar uma crosta preta. Assar, grelhar ou cozinhar é melhor que fritar.
Excessos podem causar:
Agora que já vimos as propriedades da carne de ovelha, vamos ver a melhor parte: como temperar carne de ovelha e algumas sugestões de receitas.
Já sabemos que a carne de ovelha tem o sabor marcante, e isto já impõe uma condição: temperos mais suaves serão inúteis, pois naturalmente desaparecerão.
Mesmo assim, antes de mais nada, o ideal é saber se a carne que você comprou provém de cordeiro ou de borrego, pois, conforme já vimos, elas têm características diferentes: a de cordeiro tende a ser mais suave, enquanto que o sabor marcante tão conhecido dos apreciadores está presente na carne do borrego. De qualquer forma, isso também depende de fatores como tipo de criação do animal (confinamento ou solto no pasto), qual era sua dieta e peso de abate.
A presença do sabor determina a quantidade de tempero, pois carne marcante deve ser menos temperada, para que não seja ofuscada – razão pela qual vários fãs da carne de ovelha preferem consumi-la sem nenhum tempero.
Os mais usados são louro, alecrim, zimbro, hortelã e pimenta, sozinhos ou como ingredientes de uma marinada, misturados com vinho branco ou tinto, e até mesmo cerveja.
A seguir, uma receita de marinada e outra com a carne da ovelha.
Ingredientes para 10 kg de carne:
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Coloque a carne num recipiente, cubra com essa mistura e deixe descansar na geladeira por pelo menos 6 horas. Depois é só preparar a carne, no forno ou na churrasqueira.
Se quiser, use a marinada como base para um molho. Simplesmente cozinhe a mistura numa panela até reduzir.
Tempere a carne com sal, pimenta e azeite oliva a gosto. Acrescente o alho picado e misture bem.
Em uma panela com um fio de azeite, doure a cebola. Acrescente a carne e frite até dourar. Em seguida, adicione o tomate e refogue por aproximadamente 1 minuto. Vá adicionando o vinho e o caldo de carne em fogo baixo, mexa de vez em quando, e cozinhe até a carne começar a se desmanchar.
Retire do fogo, polvilhe o cheiro-verde a gosto e deixe esfriar. Assim que o ragu estiver frio, monte os pastéis.
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