Nos últimos anos, as discussões acerca da preservação dos recursos naturais vêm sendo abordadas na agenda de órgãos ambientais, de governos, de empresas e da própria população. Isso porque, o aumento da população mundial, associada ao desenvolvimento desordenado das cidades e das atividades industriais e agropecuárias, exige uma demanda muito maior de recursos do que a natureza pode e consegue fornecer.
Nesse cenário, a escassez da água é um dos maiores problemas ambientais enfrentados pela sociedade moderna. É por esse motivo que muito se fala sobre a busca de alternativas que visam o uso consciente e o reaproveitamento desse recurso. Assim, uma das principais preocupações das políticas ambientais na atualidade, é encontrar soluções que facilitem o reuso de água.
A água de reuso é aquela obtida através de um processo de purificação e tratamento pelo qual passa um efluente (água que já foi usada). Esse tratamento é necessário para que a água possa ser utilizada novamente, mas, dependendo da finalidade para a qual ela vai ser reutilizada, ele não é necessário.
A água de reuso deve estar de acordo com os parâmetros de qualidade determinados pela legislação brasileira e pode ser usada para fins potáveis e não potáveis. Por se tratar de uma água de qualidade inferior, existem riscos quanto à persistência de organismos e compostos orgânicos sintéticos que podem ser prejudiciais à saúde, fazendo com que, em alguns casos, ela seja inviável para o consumo humano. Portanto, quando falamos no reaproveitamento de água, o uso para fins não-potáveis deve ser a primeira opção para evitar tais riscos.
No geral, o reuso dos recursos hídricos visam o controle de perdas e desperdícios, além da minimização da produção de efluentes e do consumo de água.
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Segundo o artigo 2º da Resolução nº 54 de 28 de novembro de 2005, do CNRH (Conselho Nacional de Recursos Hídricos) as águas residuárias são classificadas como “efluentes líquidos de edificações, água descartada, esgoto, indústrias, agroindústrias e agropecuária, tratados ou não” normalmente, são aquelas resultantes de diversos processos.
Já a água de reuso é a água residuária que passa por tratamento especializado a fim de se enquadrar nos padrões de qualidade exigidos e, posteriormente, serem reaproveitadas para consumo ou outras atividades.
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O reuso de água pode ocorrer de maneira direta ou indireta, sendo ele planejado ou não. Segundo a organização Mundial da Saúde, essa classificação é feita da seguinte maneira:
A chuva é um recurso natural com grande potencial de utilização, mas que, no Brasil, é desperdiçada e acaba se misturando ao sistema de esgoto. Segundo relatório da ONU, a escassez de água é um problema grave e afetará dois terços da população até 2050. Esse fato, portanto, exige a busca por alternativas que visam reaproveitamento de água para diminuir o impacto ao meio ambiente e à população.
Visto isso, o reuso de água da chuva é uma medida inteligente e sustentável que pode ser tomada a fim de preservar os recursos hídricos do nosso planeta e nos permite dispor de uma reserva de ótima qualidade. Por via de regra, a água da chuva deve ser usada para fins não-potáveis, sendo destinadas a atividades como a irrigação de áreas verdes, lavagem de piso e descarga de vaso sanitário. Essa atitude garante, por si só, uma grande economia diária no volume de água em locais onde possuem o sistema de aproveitamento de água, seja em residência, hotéis, clubes, etc.
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Uma das alternativas para o aproveitamento de água da chuva que vem ganhando popularidade, uma vez que é bem simples, é o sistema de captação por meio de cisternas. As cisternas são reservatórios de baixo custo onde a água da chuva é armazenada para posteriormente ser utilizada para o uso doméstico em geral.
Primeiro é necessário qualquer superfície que possa condensar o escoamento da água até as calhas, depois ela será conduzida até o um filtro que reterá a sujeito bruta, como galhos e folhas. Após esse processo inicial, a água é enviada para o reservatório.
Embora seja uma solução que só deve ser utilizada em situações extremas, existem alguns casos onde é necessário que a água da chuva se torne apta ao consumo humano, ou seja, potável. Para isso, ela deve passar por um processo de cloração (adição de cloro) que visa diminuição da carga de germes e micróbios que podem ser prejudiciais à saúde.
Nas residências, a captação da água de reuso é feita por meio dessas cisternas e, além da água da chuva, o reaproveitamento também pode se dar a partir da água cinza que são as provenientes de banhos, lavatórios de banheiro e máquinas de lavar, ou seja, as que não entram em contato com águas negras que são misturadas com fezes, urina, restos de matéria orgânica e de óleos. O reuso da água cinza pode ser aproveitado em descargas sanitárias, limpeza de pisos, paredes, quintal e veículos.
O reuso da água na indústria é conveniente sobre diversas perspectivas, uma vez que propicia benefícios econômicos, ambientais e sociais. Essa água é chamada “água não nobre”, ou seja, que não é própria para consumo. Ela pode ser usada tanto nos processos industriais, como resfriamento de equipamentos através da troca de calor, quanto nas atividades mais corriqueiras, como lavagem de peças e equipamentos, irrigação de áreas verdes, lavagem de pisos e veículos, entre outros.
A água de reuso pode ser aplicada para fins:
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